Reprodução / LFC TVComo as coisas mudaram de figura. Em outubro de 2022, Jurgen Klopp, então técnico do Liverpool, declarava que o Newcastle não tinha limitações financeiras: "Não há teto para o Newcastle. Parabéns. Alguns outros clubes têm teto. Não podemos agir como eles. Não é possível."
Menos de três anos depois, Arne Slot, sucessor de Klopp, supervisionou o maior desembolso de um clube inglês em uma única janela de transferências. Os Reds desembolsaram £ 415 milhões no verão, com destaque para a contratação recorde de Alexander Isak, arrancado do Newcastle por impressionantes £ 125 milhões.
Ironicamente, descobriu-se que era o Newcastle quem tinha limitações.
O alemão Klopp também havia criticado o Manchester United pelo gasto de £ 89 milhões em Paul Pogba, afirmando que quando jogadores custassem £ 100 milhões, seria o dia em que "eu não teria mais emprego". Curiosamente, sob Slot, o Liverpool investiu £ 100 milhões em dois atletas na mesma janela.
A gestão Slot representa uma clara ruptura com a filosofia de Klopp. Mas o que motivou essa reviravolta drástica na política de contratações de Anfield?
**Recursos acumulados formaram cofre de guerra robusto**
No último verão, a tentativa de contratar Martin Zubimendi fracassou - o jogador posteriormente se transferiu para o Arsenal. Contudo, o Liverpool optou pela paciência em vez de investir em alternativas que não estavam no topo de sua lista de prioridades.
Consequentemente, Federico Chiesa, por £ 10 milhões iniciais, foi a única contratação de Slot naquela janela.
É importante destacar que, nos últimos três anos, o Liverpool foi o clube que menos gastou entre os tradicionais "big six" da Premier League. Este dado é fundamental, já que as Regras de Lucro e Sustentabilidade são avaliadas em períodos trianuais.
Fontes internas apontam para o crescimento comercial significativo do clube. Os balanços mais recentes revelaram aumento de £ 36 milhões na receita, totalizando £ 308 milhões. O feito foi duplamente histórico: primeira vez que o Liverpool superou a marca de £ 300 milhões e ultrapassou o Manchester United neste quesito.
Um verdadeiro cofre de guerra estava sendo construído.
Isso sem contar as vendas - o Liverpool arrecadou mais de £ 200 milhões com saídas neste verão, incluindo Darwin Nunez, Luis Diaz e Jarell Quansah.
**Capitalizar o título da Premier League**
No início da temporada passada, poucos apostavam no Liverpool como favorito ao título. Porém, Slot conduziu uma conquista fenomenal, aproveitando o legado de Klopp e imprimindo sua própria marca para elevar o time a novos patamares.
Segundo fontes, o clube queria aproveitar este sucesso investindo o dinheiro acumulado. O momento parecia ideal para capitalizar o status de campeão, tornando-se mais atrativo para potenciais reforços.
"Ambição e oportunidade se encontram quando o clube está em sua melhor forma", revelou uma fonte.
O primeiro grande investimento foi Florian Wirtz, por £ 100 milhões, podendo chegar a £ 116 milhões. Slot desejava evoluir o time e seu estilo de jogo - fator decisivo na contratação do meio-campista alemão, superando Bayern de Munique e Manchester City.
Outras necessidades do elenco precisavam ser atendidas. Era preciso substituir Trent Alexander-Arnold, que se transferiu para o Real Madrid por uma quantia simbólica no fim de seu contrato.
Jeremie Frimpong chegou do Bayer Leverkusen por 35 milhões de euros (£ 29,5 milhões) em contrato de cinco anos.
Na lateral esquerda, o Liverpool buscava um substituto de longo prazo para Andy Robertson, capitão escocês que completa 32 anos nesta temporada.
Milos Kerkez, de 21 anos, foi contratado do Bournemouth por £ 40 milhões.
**Falha rara na contratação de Guehi para a defesa**
O contrato de Ibrahima Konate expira ao final desta temporada. Após rejeitar ofertas de renovação, foi especulado no Real Madrid.
O Liverpool há tempos monitorava Marc Guehi, capitão do Crystal Palace, como possível reforço defensivo ou substituto de Konate.
Com o contrato de Guehi também expirando nesta temporada, o Liverpool acertou uma taxa de £ 35 milhões.
A negociação estava tão avançada que Guehi iniciou exames médicos em Londres, com contrato de cinco anos preparado para assinatura.
Entretanto, o Liverpool não antecipou o que viria. O Palace efetivamente cancelou o acordo devido às dificuldades em encontrar substituto experiente.
O fracasso da operação deixou o Liverpool descoberto na zaga após a saída de Quansah para o Bayer Leverkusen.
Konate e Virgil van Dijk precisarão novamente sustentar a base da busca pelo título. Apenas o tempo dirá como o colapso do negócio Guehi impactará a temporada.
**Isak chega no último suspiro da janela**
A saga Isak começou no início do verão, mas só foi anunciada duas horas após o prazo limite de segunda-feira, às 19h (horário britânico).
O Liverpool fez primeira oferta em 1º de agosto. Os £ 110 milhões foram prontamente rejeitados.
O que aconteceu depois não está completamente esclarecido.
Há pouco mais de duas semanas, durante a cerimônia anual da Associação de Jogadores Profissionais, Isak publicou no Instagram acusando o Newcastle de quebrar promessas ao impedir sua saída.
O Newcastle reagiu contra o próprio jogador. Depois, ambos os lados silenciaram.
Fontes informaram à BBC Sport que o Liverpool não faria nova proposta até o Newcastle contratar dois atacantes.
Foi exatamente isso que ocorreu.
Em algum momento, dirigentes de ambos os clubes devem ter se articulado para encontrar uma solução.
No sábado, o Newcastle fechou a contratação recorde de Nick Woltemade, do Stuttgart, por £ 69 milhões.
Nas primeiras horas do último dia do prazo, foi revelado que a proposta de £ 125 milhões do Liverpool havia sido aceita.
Cerca de 21 horas depois, após o Newcastle anunciar acordo de £ 55 milhões por Yoane Wissa, do Brentford, a transferência de Isak foi finalmente confirmada, quebrando o recorde britânico.
Isso significou que o Liverpool investiu cerca de £ 200 milhões em atacantes, após contratar Hugo Ekitike, do Eintracht Frankfurt, em julho.
Eles não iniciaram o verão precisando de dois atacantes. A pré-temporada, porém, foi marcada por notícia devastadora.
O querido atacante português Diogo Jota faleceu em acidente de carro em julho.
Trata-se, primordialmente, de uma tragédia para família e amigos.
Isso também forçou o Liverpool a substituí-lo no elenco.
Conseguiram fazê-lo, mas Jota jamais será esquecido pelo clube.
Não se pode ignorar que, apesar de toda discussão sobre gastos recordes, os Reds defendem o título nesta temporada em cenário de imensa tristeza e luto.
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