Texto por Colaborador: Redação 19/12/2025 - 12:30

Arne Slot concedeu entrevista coletiva nesta manhã no Centro de Treinamento AXA para projetar o confronto do Liverpool contra o Tottenham Hotspur, pela Premier League, neste sábado. O treinador abordou temas como a situação de Mohamed Salah, o momento da equipe, questões físicas do elenco e o desempenho individual de alguns jogadores.

Ao ser questionado sobre Mohamed Salah, Slot evitou alimentar especulações e reforçou a necessidade de foco no presente. “Na semana passada, eu disse que ações falam mais alto que palavras. Seguimos em frente. Ele estava no elenco [contra o Brighton & Hove Albion] e foi a primeira substituição que fiz. Agora ele está na AFCON jogando grandes partidas para si mesmo, mas também para o país, então acho justo para eles – mas definitivamente também para nós, porque vamos jogar partidas muito importantes – que todo o foco dele esteja lá e não deva haver distração de eu falar sobre seu tempo no Liverpool.” O técnico completou: “O que eu disse: seguimos em frente depois da entrevista com o Leeds e ele jogou contra o Brighton. Agora ele está lá, então é justo para o país, para ele e também para nós falar sobre o Tottenham e outros jogos, e para que eles estejam totalmente focados no torneio.”

Sobre o bom retrospecto recente do Liverpool contra o Tottenham, Slot foi cauteloso ao fazer comparações. “Levamos 92 minutos para marcar fora de casa contra o Brentford, contra um time de Thomas Frank na temporada passada, então não dá para comparar. Você pode comparar certas coisas porque são basicamente os mesmos jogadores, mas eles adicionaram alguns jogadores ao time e com Thomas Frank tem um novo técnico.” Segundo ele, as mudanças também ocorreram no próprio Liverpool: “Não só adicionamos, como também perdemos muitos jogadores, então não dá para comparar esse nosso time com a temporada passada – mesmo com o mesmo treinador – e não pode comparar nossos resultados da última temporada com os de enfrentar um time de Thomas Frank.”

Slot também comentou o impacto de uma possível vitória na luta pelas primeiras posições. “Acho que vencer sempre traz uma boa sensação e um bom espírito para um time que teve tantas mudanças durante o verão.” O treinador destacou o equilíbrio da liga: “A tabela da liga, os primeiros 12, 13, 14, 15 times estão tão próximos uns dos outros que ganhar ou perder importa muito.” Para ele, o principal objetivo é manter a evolução recente: “Com exceção do Brighton, talvez, porque concedemos muitas chances contra eles, mas nos outros jogos fomos sólidos defensivamente e isso é uma boa base.”

O técnico valorizou ainda o tempo de trabalho entre os jogos. “Acho que sempre é útil para um treinador trabalhar no campo de treinamento com os jogadores, especialmente se você traz jogadores um pouco mais tarde na janela.” Ele citou Alex Isak como exemplo e ressaltou: “Não é desculpa para nossos resultados, de forma alguma. Mas eu preferiria ter mais dessas semanas, porque é uma forma de implementar coisas novas.” Slot classificou esse período como “quase uma mini-pré-temporada”.

Sobre Hugo Ekitike, Slot explicou que o desempenho do atacante não o surpreendeu. “Ele não fez isso, porque sabíamos que tipo de jogador contratávamos.” O treinador destacou a evolução física do jogador: “Ele fez quase o dobro do trabalho que fez três meses atrás.” Além disso, ressaltou a contribuição defensiva: “As pessoas focam apenas nos gols, mas agora ele também nos ajuda defensivamente e isso também é muito importante para um número 9.”

Curtis Jones também foi elogiado pelo treinador. “Ele foi muito bem nos últimos três jogos e acho que não é a primeira vez.” Slot, no entanto, destacou a necessidade de consistência: “É novamente um desafio para ele ir para a quarta, para a quinta, para o sexto jogo.” O técnico elogiou a confiança e o conforto do meio-campista com a bola e afirmou que essas atuações recentes são a base para o que espera dele a partir de agora.

Por fim, Slot avaliou o processo de encontrar equilíbrio entre defesa e ataque. “Acho que estamos cada vez mais próximos do time que quero que sejamos, e isso tem sido com altos e baixos.” Ele reconheceu que talvez tenha subestimado o tempo de adaptação após tantas mudanças no elenco e citou decisões de arbitragem e bolas paradas como fatores que ainda impactam os resultados. “Temos que chegar naquela situação em que, se a decisão do árbitro for contra nós, não importa, ainda somos bons o suficiente para vencer.” Segundo o treinador, o objetivo é reduzir a dependência dessas variáveis e elevar o nível geral da equipe ao longo da temporada.

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