Texto por Colaborador: Redação 14/09/2025 - 01:00

O Chelsea acredita que receberá somente uma penalização financeira após ser acusado de 74 violações às normas da Associação de Futebol inglesa. O clube não espera sofrer dedução de pontos ou embargo de transferências.

As acusações surgiram após os atuais proprietários do clube relatarem irregularidades descobertas durante a compra do time de Roman Abramovich em 2022. A investigação foca em supostos pagamentos irregulares relacionados às contratações de Eden Hazard, Samuel Eto'o e Willian, entre outros jogadores, durante a era Abramovich. Vale ressaltar que não há qualquer suspeita de irregularidade por parte dos atletas envolvidos.

Os empresários Todd Boehly e Behdad Eghbali, que lideram o atual grupo controlador, encontraram informações financeiras incompletas durante a análise prévia à aquisição do clube russo. Imediatamente após a conclusão da compra, repassaram todos os dados à UEFA, Premier League e FA. A UEFA já resolveu a questão mediante pagamento de 10 milhões de euros (8,6 milhões de libras) em julho de 2023.

Segundo a agência PA, o Chelsea não deve contestar as acusações e espera uma resolução rápida do caso. O clube confia que uma comissão independente aplicará apenas sanções financeiras, considerando o que define como "transparência sem precedentes" com as autoridades.

As violações são principalmente questões fiscais já resolvidas com a HMRC. Analistas contábeis independentes teriam informado ao Chelsea que, mesmo se os pagamentos irregulares fossem devidamente reportados na época, não afetariam a conformidade com as regras de lucratividade e sustentabilidade da Premier League.

Em comunicado oficial divulgado quinta-feira, o clube confirmou que o processo com a FA "está chegando a uma conclusão". A declaração destacou a "transparência sem precedentes" demonstrada, incluindo acesso completo aos arquivos históricos.

"Continuaremos trabalhando em colaboração com a FA para concluir este assunto o mais rápido possível. Gostaríamos de registrar nossa gratidão à FA pelo envolvimento neste caso complexo, cujo foco tem sido questões que ocorreram há mais de uma década", completou o comunicado.

Abramovich foi obrigado a vender o Chelsea em 2022 após ser sancionado pelo governo britânico devido à invasão russa na Ucrânia. A assessoria do ex-proprietário foi procurada, mas não se manifestou.

A FA estabeleceu prazo até 19 de setembro para resposta às acusações, que cobrem período entre 2009 e 2022, concentrando-se principalmente entre as temporadas 2010-11 e 2015-16.

Entre os regulamentos supostamente violados estão J1 e C2 dos Regulamentos de Agentes de Futebol. O primeiro trata do uso de agentes não autorizados, enquanto o segundo estabelece que "um clube, jogador ou agente autorizado não deve organizar as coisas de forma a ocultar ou deturpar a realidade de quaisquer questões relacionadas a uma transação ou negociação de contrato".

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