Texto por Colaborador: 11/04/2018 -

Salah é um dos grandes egípcios da história, não só no futebol
Mohamed Salah é, sem duvidas, o nome do momento no futebol mundial. Não importa se você é torcedor dos Reds ou de seus maiores rivais, é quase impossível não admirar o que ele tem feito. Mo, uma das diversas formas que tem sido chamado, é o grande destaque da temporada europeia. Além disso, é a grande esperança de seu país na Copa do Mundo que está a começar.

Admiração pelo jogo bonito
No entanto, o objetivo deste texto não é fazer um informativo. O grande motivo deste é tentar expor um pouco da admiração e do alcance que um jogador pode ter. Para começar, gostaria de dizer que sou torcedor do Barcelona desde criança, comecei a acompanhar o futebol vendo Ronaldinho. Aos meus 15 anos, passei a torcer para o West Ham, devido à grande temporada que a equipe teve, com Payet destruindo. E, aos 18, percebo cada vez mais que gosto de acompanhar um futebol disputado, ofensivo, onde dê vontade de acordar cedo num domingo só para ver um certo time jogar. Afinal, acho que todos gostamos de um time que joga bonito, que você espera que o jogo nunca acabe, para poder desfrutar daquele futebol.

Confesso que acordava cedo para assistir ao próprio Liverpool da temporada 13/14. Gostava de assistir ao Dortmund na época em que acabou bi campeão alemão, com Lewa, Reus e cia. Gostava até de assistir a uns jogos do meu maior rival, Real Madrid, há uns 2,3 anos, pois tinham um estilo bem ofensivo de jogar. Porém, sempre gostava de só ver os times jogarem, se ganhassem ou perdessem, para mim não havia diferença.

Nesta temporada, minha equipe está invicta na La Liga e na final da Copa del Rey. Comecei a escrever este texto exatamente no dia em que os vi sendo engolidos para a Roma e serem eliminados, talvez precocemente, da Champions. Mas, repito, não vim aqui falar de Barcelona. Vamos logo ao que interessa. Na outra partida do dia, percebemos que camisa pesa sim, às vezes, ao vermos o Liverpool controlar o Manchester City. Após meter um sonoro 3 a 0 em Anfield, os Reds ainda levaram a segunda partida pelo placar de 2 a 1. O grande destaque? Mo Salah.

Impossível não se render ao futebol deste jogador
O que dizer deste homem? Ele parece incrível, o cara é sensacional, tudo o que faz em campo parece mágico. Desde a fase de grupos eu venho dizendo ao meu pai: “se o Barça não ganhar(clubismo sim), provavelmente quem leva é o Liverpool”. Além disso, a cada jogo do Liverpool eu digo a ele: “caso realmente o Liverpool ganhe a Champions, Salah será o melhor do mundo”. Eu, como culé, idolatro o Messi acima de qualquer outro jogador, pois ele é e continuará sendo o melhor que já vi jogar e por tanto tempo. Todavia, o que o Rei Egípcio, outro de seus apelidos, tem feito esta temporada é surreal.

Todo mundo no mundo do futebol sabe da hegemonia de Cristiano e Messi nos últimos 10 anos. Todos sabemos que é quase lei um dos dois ser eleito melhor do mundo/temporada, já que houve a divisão recentemente. Apesar disso, tenho como certo que um jogador nunca esteve tão próximo de conseguir quebrar essa sequência. Mesmo que o Liverpool não leve a Premier League, o que já é certo, nem mesmo algum dos títulos domésticos, tenho como certo que Salah seria eleito o melhor do mundo ao ganhar a Champions.

Qual o tamanho do poder que Salah possui?
Seria esse o poder de um homem? Desbancar duas lendas do futebol mundial em tempos tão difíceis para novas estrelas? Eu digo que sim, mas digo que não é só isso. Digo agora que Salah é, indiscutivelmente, meu segundo jogador favorito, atrás somente do já citado. Voltando ao que vinha dizendo, acontece que o poder de Salah vai além das quatro linhas, ou das arquibancadas, ou até mesmo da paixão que ele tem ocasionado nos fãs de futebol mundo afora. Seu poder chega na política, chega nas escolas e até mesmo em centros de reabilitação.

O povo egípcio passou a amar este homem, este simples homem de cabelo cacheado. Em março passado, o Egito passou por eleições presidenciais, na qual Abdel-Fattah al-Sisi levou facilmente a disputa com 92% dos votos. Mas o por quê de eu estar dizendo isso? Acontece que Salah recebeu mais votos do que o 2º candidato, tendo 5% das intenções de voto, contra 3% de Moussa Mustafa Moussa. Detalhe, ele não era candidato, mas por ser cédulas de papel, mais de 1 milhão de pessoas votaram nele.

Em outubro, após o jogador marcar o gol que garantiu o Egito na Copa da Rússia, o Governo do Estado de sua cidade decretou que mudaria o nome da escola onde ele havia estudado para Mohamed Salah Industrial High School. E, sim, isso aconteceu. Ademais, o Governo ainda garantiu que faria o mesmo com outras duas escolas de seu Estado. Para fechar alguns de seus feitos, após Salah participar de um comercial egípcio contra o uso de drogas, a procura pela reabilitação cresceu em 400%. Onde já se viu feitos como esses??

Expectativas e conclusão deste belo texto
É claro que dificilmente o Egito será campeão mundial, chega ser surreal pensar na possibilidade. No entanto, onde está seleção cair já será gratificante demais a seus torcedores do país e seguidores por todo o mundo. Espero que Salah possa nos presentear com um grande futebol durante a Copa e colocar seu país na história. Quem sabe não dá uma zebra…

Por fim, quero dizer que espero que possamos ver muitas temporadas de alto nível deste jogador, pois ele tem se mostrado um fora de série. Pensando sobre e escrevendo o texto acabei “bolando” uma frase bem legal que possa refletir sobre tudo o que foi dito, e com ela encerro o texto: dê poder a um homem e verás quem ele é, coloque uma bola em seus pés e verá o seu poder.

Jorge Ribeiro / Futuro jornalista do Esportes Mais

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