Texto por Colaborador: Redação 06/09/2025 - 03:30

Andy Robertson decidiu quebrar o silêncio sobre sua escolha de rejeitar o Atlético de Madrid no verão, revelando que permaneceu no Liverpool porque seu "coração ainda estava em Anfield", mesmo sabendo que perderia espaço na equipe.

O lateral-esquerdo escocês enfrenta uma situação totalmente nova desde que virou titular dos Reds em 2017: pela primeira vez, não é mais nome carimbado na escalação. A chegada de Milos Kerkez bagunçou todas as cartas, jogando Robertson para o banco e limitando suas chances a apenas duas entradas durante a temporada.

Justamente nesse cenário apareceu o interesse do Atlético de Madrid na janela de transferências. Muita gente achava que o veterano de 31 anos ia pular fora para continuar sendo peça importante na Espanha. Mas não rolou.

"Tínhamos opções e discutimos tudo em família", contou Robertson à BBC Sport Scotland. "No final das contas, meu coração ainda pertencia ao Liverpool e decidimos ficar. Estamos muito bem estabelecidos aqui e fazemos parte de um dos maiores clubes do mundo."

A fala do escocês mostra como as decisões dos jogadores vão muito além do campo, especialmente quando a família vira prioridade. Sua fidelidade foi premiada com a faixa de vice-capitão, herdada de Trent Alexander-Arnold.

Mesmo engolindo o novo papel de coadjuvante, Robertson acredita que ainda vai ter sua chance quando a temporada esquentar.

"A temporada é longa, tem jogo para caramba, e acredito que vou disputar várias partidas", disse otimista. "Ninguém pode prever o futuro, mas no verão pensei sobre o que queria, tomei minha decisão e me comprometi com ela. Estou feliz aqui."

O lateral admitiu que não está sendo fácil aceitar a nova realidade depois de anos como dono absoluto da posição. "Voltei da pré-temporada em grande forma, treinei muito bem, mas talvez não tenha tido o tempo de jogo que gostaria neste início. Faz parte."

"Senti falta de jogar. Estou acostumado a ser titular há muitos anos, então tem sido uma transição meio complicada. Mas acho que estou lidando bem", desabafou.

A estratégia de Robertson é simples: ficar pronto. "É questão de se cuidar, manter a forma física e mental em dia, o que venho fazendo nos treinos."

Agora ele vê na Escócia uma chance de ganhar ritmo antes de voltar para Liverpool. "Estou animado para jogar pela seleção, colocar jogos nas pernas - não existe nada maior que eliminatórias de Copa do Mundo. Depois a gente vê o que rola quando voltarmos."

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