Texto por Colaborador: Redação 18/12/2025 - 01:30

Uma reportagem de jornalistas experientes trouxe à tona detalhes sobre o ambiente interno do Liverpool, revelando que Arne Slot optou por não manter um grupo de liderança formal no elenco.

Após um verão marcado por transformações e tragédias, o Liverpool apresentou desempenho muito aquém das expectativas, enquanto os novos reforços atravessam período de adaptação e a dinâmica do grupo passa por evolução.

Nos últimos anos, um dos pilares do sucesso dos Reds tem sido a liderança exercida pelos jogadores mais experientes, que estabelecem padrões no CT e ajudam a impulsionar o time.

Ao término da era Jurgen Klopp, o Liverpool mantinha um "grupo de liderança designado", como descreveu o The Athletic, formado por Virgil van Dijk, Mo Salah, Andy Robertson, Trent Alexander-Arnold e Alisson.

Os repórteres Gregg Evans e James Pearce agora afirmam que "Slot abandonou a ideia de ter um grupo de liderança formal".

Na prática, a mudança pode não ser tão drástica à primeira vista, já que o holandês ainda conta com o capitão Van Dijk, "universalmente respeitado", e o recém-nomeado vice-capitão Robertson para "dar o tom".

Alisson também é "visto como uma presença madura cujas palavras carregam peso significativo", assim como Cody Gakpo.

A orientação desses atletas se torna ainda mais crucial quando as dificuldades aparecem e os recém-chegados precisam de tempo para se ambientar.

Os jornalistas acrescentaram sobre Van Dijk: "Ele faz questão de ajudar os novos jogadores a se adaptarem e oferece conselhos sobre onde morar na região, quais escolas são melhores para os filhos dos jogadores e bons lugares para comer."

"Robertson também contribui, e ambos ajudaram Alexander Isak, Florian Wirtz e Hugo Ekitike — as três aquisições mais caras do clube neste verão — a se adaptarem à vida em Merseyside."

Wirtz leva críticas para o lado pessoal

Não é segredo que a maioria das novas contratações do Liverpool não começou bem a temporada.

Embora o rendimento tenha melhorado consideravelmente nos últimos tempos, Wirtz ainda não balançou as redes e Isak tem apenas um gol na Premier League – números insuficientes para as duas aquisições mais caras da história do clube.

"Wirtz, em particular, ficou desapontado com seu início lento e levou algumas das críticas para o lado pessoal", relatou o The Athletic, acrescentando que Isak senta-se ao lado de Curtis Jones no vestiário e "é considerado reservado pelos companheiros de equipe".

Apesar do início lento de Isak em Merseyside, as manchetes das últimas semanas têm sido dominadas por Salah.

O egípcio declarou, de forma polêmica, que foi "abandonado à própria sorte" pelo clube e sugeriu que deveria ter a titularidade garantida em todas as partidas, após ter ficado no banco de reservas por três jogos.

"Energia de protagonista" no ataque preocupa

De forma notável, Evans e Pearce escreveram: "Aqueles familiarizados com o elenco do Liverpool, falando anonimamente para proteger seus relacionamentos, comentam sobre uma 'energia de protagonista' no ataque, já que Salah, Wirtz (que ficam lado a lado no vestiário), Ekitike e Gakpo têm motivos para precisar de reconhecimento em um time montado com tanto investimento."

"Quando a crise do Liverpool em campo estava no auge, havia uma sensação entre alguns jogadores de que o time havia se tornado um grupo de individualistas."

Se essa situação persiste ou não, é algo questionável. A chegada de contratações milionárias pode ter, indiretamente, colocado a ênfase nos indivíduos em detrimento do coletivo.

Tendo conquistado três vitórias e dois empates nos últimos cinco jogos, a esperança é que o Liverpool esteja superando sua má fase, à medida que os novos atletas começam a se entrosar.

A dinâmica de um elenco sempre evolui com o tempo. O importante, porém, é que a filosofia e a dedicação que levaram o Liverpool ao sucesso sejam transmitidas para a próxima geração de jogadores.

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