Texto por Colaborador: Redação 08/07/2025 - 01:00

Keith Hackett, ex-chefe da PGMOL e ex-funcionário da FIFA, disse ao Football Insider que a organização deve conversar com o Liverpool para discutir as homenagens ao atacante Diogo Jota, que faleceu em um acidente de carro na última quinta-feira (3).

Hackett alertou que árbitros podem ser obrigados a advertir jogadores que tirarem a camisa para mostrar mensagens em homenagem a Jota, o que pode gerar reação negativa.

Jogadores de várias equipes pelo mundo têm prestado homenagens a Jota, como o português Diogo Gonçalves, do Real Salt Lake, Raul Jimenez, do Fulham, e Ousmane Dembélé, do PSG.

Com 65 gols e 22 assistências em 182 jogos pelo Liverpool, Jota era muito querido no clube, que já aposentou sua camisa número 20 e decidiu pagar o restante do seu contrato até 2027, gesto elogiado mundialmente.

Hackett disse: “Estamos todos chocados. Ele era um jogador tão habilidoso, que qualquer fã de futebol apreciava, mas do ponto de vista do árbitro, ele era aquele que simplesmente continuava com o jogo. Ele não confrontou os árbitros. Ele apenas jogou o jogo da maneira certa e com um certo grau de autoridade. Ele era apenas um jogador que se encaixava em Anfield.”

Sobre as homenagens em campo, ele explicou: “O que o PGMOL deveria fazer é abordar o Liverpool desde o início para tentar evitar que as camisas sejam removidas, mesmo que isso seja um julgamento porque, por lei, quando uma camisa é removida e um memorial ou declaração política é mostrado, o árbitro não tem opção a não ser emitir um cartão amarelo. Isso vai cair como um balão de chumbo.”

Hackett sugeriu que os jogadores e o clube busquem outras formas de homenagear Jota: “Os jogadores do Liverpool e o clube podem encontrar outra maneira de comemorar um gol e comemorar esse jogador em particular? Alguém poderia jogar a camisa daquele artilheiro, segurando-a para a multidão.”

Ele também destacou a atitude do clube: “O fato de o Liverpool já ter feito uma promessa de pagar os restos dos salários de Jota é substancial. É uma prova do clube. Para mim, eu teria empatia. Se alguém tirasse a camisa no primeiro jogo, eu estaria correndo na direção oposta. Eu não gostaria de ver isso.”

Por fim, Hackett lembrou que os árbitros de hoje aplicam a regra com rigor: “Na minha época, arbitrávamos de uma maneira diferente. Mas esta geração de árbitros aplica a lei de forma bastante estrita, então acho que sairia um cartão amarelo. Apenas evite e encontre uma maneira diferente.”

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