O Manchester City voltou a contestar as regras da Premier League sobre as chamadas Associated Party Transactions (APT), em uma nova batalha legal que promete agitar os bastidores do futebol inglês. Em um caso separado das mais de 115 acusações de suposta irregularidade financeira que pesam contra o clube, os atuais campeões tentam barrar as mudanças implementadas em novembro, alegando que elas são "ilegais".
As regras do APT foram criadas para limitar o quanto empresas ligadas aos donos dos clubes podem investir diretamente nas equipes da Premier League. No ano passado, o Manchester City já havia desafiado essas diretrizes, argumentando que estavam sendo vítimas de uma "tirania da maioria". Apesar de algumas modificações terem sido feitas após uma audiência de arbitragem em outubro, os Cityzens continuam insatisfeitos e agora iniciaram um novo processo para invalidar as mudanças mais recentes.
Segundo o jornal The Times, o clube de Manchester ameaça novas ações legais caso a liga tente acelerar a implementação das regras antes da decisão final de um painel independente, que deve ser divulgada até o fim do mês.
A publicação também revelou o conteúdo de uma carta enviada pelo presidente-executivo da Premier League, Richard Masters, a todos os clubes membros. No documento, Masters confirmou a nova arbitragem iniciada pelo Manchester City em 20 de janeiro de 2025 e reforçou a posição da liga de que as mudanças aprovadas em novembro são totalmente legais.
"A Premier League continua firmemente convencida de que as emendas aprovadas em novembro cumprem todas as exigências da lei de concorrência. As regras do APT permanecem em pleno vigor, e os clubes devem seguir todas as suas diretrizes", diz um trecho da carta.
O assunto promete esquentar ainda mais na próxima reunião de acionistas da Premier League, marcada para 13 de fevereiro. O Liverpool, atento ao impacto dessas regras no cenário competitivo, também monitora de perto o desfecho do caso, além das mais de 115 acusações que seguem pendentes contra o Manchester City.
O clube de Manchester, por sua vez, nega veementemente todas as acusações e mantém sua luta jurídica contra a liga desde setembro do ano passado. O resultado do julgamento, no entanto, ainda não foi divulgado.