Texto por Colaborador: Redação 04/09/2025 - 01:50

Ex-zagueiro inglês Rio Ferdinand saiu em defesa dos jogadores que pressionam por saídas de seus clubes, declarando à AFP nesta quarta-feira que "quem é bonzinho não ganha" após o episódio envolvendo Alexander Isak.

O atacante sueco se tornou persona non grata no Newcastle United ao deixar claro que não pretendia mais atuar pelo clube enquanto buscava uma transferência para o Liverpool. Isak conseguiu seu objetivo e foi vendido aos Reds por £ 125 milhões na segunda-feira, estabelecendo um novo recorde britânico.

Situação oposta viveu o zagueiro inglês Marc Guehi, que teve sua ida ao Liverpool barrada pelo Crystal Palace no último momento. Diferentemente da polêmica com Isak, Guehi foi elogiado por manter-se profissional e seguir jogando pelo Palace, mesmo com o interesse dos campeões da Premier League.

"Caras legais não vencem", disse o ex-zagueiro do Manchester United.

"Os times sempre se dão bem nessas histórias. Quantos atletas já tiveram negociações travadas porque os clubes inventaram desculpas? É pura ganância", afirmou Ferdinand durante o World Football Summit em Hong Kong.

"Mas quando o jogador questiona 'É uma proposta excelente, muito dinheiro, por que não me liberam? Quero ir para um clube que conquista títulos', ele vira vilão", completou o ex-defensor do Manchester United.

Ferdinand, que em 2002 deixou o Leeds para assinar com o United por uma cifra recorde na época, questionou a postura de Guehi: "Todo mundo aplaudiu o Marc por ficar, mas e se o Liverpool desistir? E se ele se lesionar e perder a oportunidade de ganhar troféus?"

"Por isso alguns jogadores endurecem e dizem 'não, preciso sair'. É questão de negócios. Os atletas não deveriam ser demonizados. Os clubes não são, então tem que ser igual para todos", para complementar.

"Marc Guehi não pôde ir e todo mundo disse: 'Ótimo, brilhante.'

Mas e se o Liverpool não o comprar agora? Ou se ele se lesionar, nunca chegar a esse ponto e nunca tiver a chance de ganhar títulos? As pessoas se perguntam por que os jogadores às vezes ficam arrogantes, se exaltam e dizem: 'Não, preciso ir'.

"Acho que é só negócio. Jogadores não devem ser vilipendiados — os clubes não, e a situação deve ser igualitária."

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