Texto por Colaborador: Redação 11/05/2025 - 03:45

O técnico Arne Slot criticou abertamente o Real Madrid por sua estratégia de buscar reforços em fim de contrato, e endossou a opinião do lendário ex-treinador do Arsenal, Arsène Wenger, que também apontou essa prática como uma tendência nos bastidores do futebol europeu.

A polêmica gira em torno do interesse do clube espanhol em Trent Alexander-Arnold. O lateral-direito do Liverpool, com vínculo prestes a expirar, estaria no radar do Real para uma transferência sem custos, modelo já utilizado para levar Kylian Mbappé ao Santiago Bernabéu.

Wenger revelou à beIN Sports que os merengues já vinham negociando com Alexander-Arnold há bastante tempo. “O Real Madrid fez contato com ele há muito, muito tempo. É uma abordagem comum deles”, declarou o francês. “Dois anos antes do fim do contrato, eles já oferecem salários e tentam fechar um acordo com o clube. Se não conseguem, insistem mais tarde — e, no limite, levam o jogador de graça. Foi o que fizeram com o Mbappé.”

Em coletiva prévia ao duelo contra o Arsenal, Slot foi questionado sobre o assunto e não poupou o clube espanhol, mesmo sem citá-lo diretamente. “É verdade que isso acontece mais hoje em dia do que no passado, mas não dá pra dizer que virou uma prática generalizada”, disse. “Na verdade, é algo que se vê com mais frequência em alguns clubes específicos, principalmente quando se trata de contratações de atletas livres no mercado. Não é algo tão comum entre todos os grandes clubes... pelo menos por enquanto.”

O técnico do Liverpool ainda acrescentou que, apesar de algumas exceções, a maioria das grandes movimentações ainda envolve valores expressivos. “Basta olhar para as últimas janelas de transferências. Vimos muitas negociações milionárias nos últimos anos. Então não sei se isso vai virar tendência mesmo.”

Sobre a possível saída de Alexander-Arnold, Slot preferiu não se comprometer: “Vamos ver o que acontece. Pode ser que sim, pode ser que não. Não sou vidente.”

Apesar do tom cuidadoso, a crítica está clara: clubes como o Real Madrid parecem usar sua força nos bastidores para atrair grandes nomes antes mesmo do fim dos contratos, oferecendo bônus generosos em transferências gratuitas — o que, segundo Slot e Wenger, cria uma dinâmica injusta e pressiona rivais.

Com Mbappé e, agora, Alexander-Arnold como exemplos mais recentes, o modelo adotado pelos gigantes de Madrid continua gerando desconforto — e alimentando a antipatia de adversários ao redor da Europa.

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