Texto por Colaborador: Redação 05/07/2025 - 01:30

Foram cinco temporadas, 182 jogos, 65 gols e os três principais troféus nacionais conquistados com a camisa do Liverpool. Mas a passagem de Diogo Jota por Anfield foi muito mais do que números — foi feita de momentos marcantes, entrega total e uma conexão emocional profunda com o clube e seus torcedores.

Tragicamente levado junto com seu irmão André nas primeiras horas da última quinta-feira, Jota deixa um vazio difícil de preencher. Pergunte a qualquer torcedor dos Reds se abriria mão de cada um dos gols, dribles e comemorações para tê-lo de volta com sua família, e a resposta seria imediata. Porque quando a vida desmorona, os grandes momentos — mesmo os mais gloriosos — revelam sua fragilidade.

Mas os que Jota proporcionou jamais serão esquecidos. O número 20 dos Reds marcou o primeiro gol da era Arne Slot, abrindo a campanha do título com uma atuação iluminada em Ipswich. Em dezembro, com o time em desvantagem numérica, empatou aos 86 minutos contra o Fulham. Em janeiro, saiu do banco para marcar um minuto depois e salvar um ponto contra o Nottingham Forest. E em abril, após a dura derrota na final da Copa da Liga, decidiu o clássico contra o Everton. Foi o seu último gol — mais um entre tantos decisivos.

A característica mais amada de Jota talvez tenha sido a mais perigosa: sua honestidade. Jogador valente, não se esquivava dos duelos, das pancadas, das cicatrizes. No Liverpool ou no Wolverhampton, era o atacante que incomodava, que desequilibrava, que jogava com o coração — e por isso foi tão querido. Os torcedores amam quem dá tudo de si, e Jota deu.

Sua versatilidade o tornava essencial: jogava pelas pontas, pelo centro, como armador ou finalizador. Sua entrega em campo era o reflexo de quem também conquistou fora dele: marido, pai, irmão e filho, construiu uma trajetória admirável desde os tempos em que ainda pagava para jogar bola no subúrbio do Porto.

O site oficial do Liverpool mantém uma lista emblemática: “100 jogadores que abalaram o The Kop”. Nomes como Dalglish, Rush e Barnes figuram entre os imortais. Hoje, qualquer nova edição que se preze incluirá Diogo Jota. Porque ele mereceu.

O “rapaz de Portugal” balançou as redes, os corações e a alma de Anfield. Deixou memórias, inspiração e uma história que seguirá viva em cada canto do estádio onde foi amado — e onde será eternamente lembrado.

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